Como conseguimos imunidades na infância

 Olhando para tempos remotos bem no passado na década de sessenta encontrei com minha infância passada perdida ,quando saíamos juntos para caçar rãs,éramos um grupo de crianças com quase as mesmas idades não tínhamos calçados apropriados para entrar no Rio (lama) era uma farra todos com uma espécie lança feita com varas de bumbú ou raios de bicicletas velhas, para clarear pois era sempre à noite levavamos um toco de vela dentro de uma lata de leite, sempre tínhamos sucesso com a nossa jornada.

Esse rio era onde hoje existe a avenida Garibaldi entre a Vasco da Gama e rua Athaide Seixas no Garcia,imaginem a quantidade de esgotos  que caiam dentro desse rio que nós "pescavamos"? O esgoto principal da rua passava a céu aberto ao lado da casa de número 23 onde eu morava,em frente a nossa casa tinha uma espécie de mercearia chamada armazém do seu Érico onde todos os dias 16 horas recebia os sacos de pão vindo da panificadora favorita para a revenda quando a Kombi chegava era uma guerra entres nosso grupo para pegar os sacos e levar até seu Érico pois quem pegasse esses sacos de pão garantia o café da noite da família tinha também um momento único,quando seu Érico jogava o sal com as pontas de carne salgadas para matar o mato quem estivesse no exato momento cataria os melhores pedaços de carne para ajudar a refeição do dia seguinte,meu pai nos chamava de badameiros que hoje seriam aqueles que se alimentam das sobras jogadas no lixo,além de não poder deixar de ir à escola pois, quem não ia ficava sem uma das refeições diárias (merenda escolar) eram tempos difíceis mais que agradecemos hoje por sermões imunes a esse vírus quando não imune somos resistentes ao Covid 19 devastador de vidas universal. Edmundo Buguelo